Com ar de satisfação,
ela me encontrou em casa, no final do dia, e foi logo dizendo:
- Pai, sabia que
hoje eu acertei e a mãe errou.- Como assim, filha?
- Sim, ao meio dia, a mãe não contou a polenta e no recreio tava 280. Tinha lanche coletivo, eu fiz dez, e no final da tarde estava 120. Eu acertei e a mãe errou!
Pois é, como a vida de
qualquer um, temos acertos e erros.
Em regra, para fazermos
a contagem de carboidratos, sempre cuidamos o que a Catarina está
comendo. Mas é obvio que muitas vezes algo escapa, ou então não
conseguimos acertar quantos carboidratos foram ingeridos. Na
sexta-feira, ela almoçou no restaurante do colégio com a Simone. E
o almoço fora de casa sempre é mais complicado para o controle,
pois a gente acaba comendo mais e sem saber exatamente o conteúdo de
muitos alimentos.
Nesse dia, a Simone deu
aquela tradicional olhada no prato dela, fez uma estimativa dos
carboidratos e aplicou a insulina. Só depois, no final do dia,
sabendo do resultado do teste de glicemia feito pela Catarina na hora
do recreio, lembrou que não havia contado a polenta. Daí o número:
280 mg/dL.
Para deixar tudo mais
incerto, era dia de lanche coletivo no colégio: cada criança traz
um prato e todos compartilham (não adianta, a comida sempre é
motivo para festa). Como de costume, no recreio, ela mediu a glicemia
e fez a insulina. Estando alto, ela fez 4 doses da caneta da
Novorapid para baixar e mais 6 pela comida. Deu certo: no final da
tarde, a glicemia estava 120mg/dL.
É obvio que ao
deixarmos ela calcular sozinha a insulina, corremos um risco: possibilidade de
hipoglicemia. Mas, temos observado que, com o tempo e nosso auxílio, mesmo ela sendo
ainda uma criança, está aprendendo a determinar a insulina. Mais que isso, a Catarina está se conhecendo, inclusive a diabetes, que com ela sempre está. Além disso,
temos que incentivar a sua autonomia. E como prêmio, podemos
ouvir ela dizer:
- Eu acertei!
é bem por aí mesmo a sensação de qdo meio que pelo chute, a gente acerta...é uma alegria...e a gente sempre acaba comentando com quem está perto...rs...
ResponderExcluirOlá, muito legal o texto. Aqui também somos uma família tipo 1 desde o inverno de 2010 quando nossa filha então com 2 anos se tornou diabética.
ResponderExcluirParabéns pelo blog, e legal a atitude de vocês deixarem ela calcular a insulina.
Sorte, saude e sucesso
A Minha docinho de 6 anos tbm vive com a tabela de cho nas mãos dando uma lida... é muito bom saber que nossos filhos estão crescendo conscientes, fico feliz que sua filha esteja saindo-se bem com a contagem... é assim mesmo, faz parte da nossa rotina e quanto antes eles aprenderem melhor para o controle...parabéns...bjs
ResponderExcluirEu acertei!!!
ResponderExcluirQue festa deve ter sido!!!! Até imagino a cara de felicidade da Catarina!!! Tudo de bom!!!
Por aqui estamos nos dando muito bem com contagem e o João tb arrisca de vez em qdo, independência por nossos docinhos!!!
Bjos