As olimpíadas sempre
acabam me inspirando de alguma maneira. Seja pelas vitórias, seja
pelas derrotas. Desde criança adorava acompanhar os jogos.
Confesso,
tenho uma queda pelo atletismo. Adoro provas de
corrida, arremesso, salto. A grande origem dos jogos olímpicos. O
atleta e seu corpo como instrumento, máquina, força.
Ontem, ao ver o grande
atleta jamaicano Usain Bolt ganhar uma prova do atletismo, os 100
metros, conquistando o recorde olímpico, comecei a refletir. Ora,
esse tal de diabetes é a nossa olimpíada diária. Um grande atleta
como Bolt, e tantos outros, vivem 24 horas o esporte que praticam.
Ninguém se torna um
atleta olímpico sem disciplina, rotina pesada de treino, dedicação
e persistência. Nós também. Não se consegue boas glicemias sem
disciplina, sem rotina pesada de treino (contar carboidratos,
restrições, exercícios, aplicar insulina, etc...), sem dedicação
e persistência.
Conviver com o
diabetes, seja o tipo 1 ou tipo 2, também é um desafio olímpico.
Somos avaliados,
recebemos treinamento pesado, marcamos pontos ou não, conquistamos alguns prêmios, podemos disputar
na categoria individual, ou em equipe (família/médicos e profissionais da saúde)...
Nem sempre ganhamos
medalhas de ouro, às vezes nem chegamos ao pódio. Mas estamos sempre
buscando melhores posições. Uns conquistam medalhas com facilidade.
Preparo físico aliado ao emocional. Outros ficam em último lugar,
mas com a certeza que fizeram o melhor que podiam.
Esse é o esporte que praticamos, o diabetes. Não vou dizer que é minha modalidade favorita, mas com certeza é aquela que me tornou uma atleta melhor e mais forte nas provas da vida.
Abraços, e bora se exercitar!!!!
Simone
Usain Bolt