Somos uma familia que desde a primavera de 2009 convive com a diabetes tipo 1 de nossa filha Catarina, então com 7 anos. A partir de lá aprendemos bastante: aplicar insulinas, fazer teste de glicemia, furar o dedo, contar carboidratos, evitar doces... Agora, queremos com este blog trocar experiências com outras familias.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Festa do Pijama
Sexta passada a Catarina foi dormir na casa de uma amiga. Aniversário com Festa do Pijama.
Era a primeira (eu disse PRIMEIRA, imaginem como eu estava) vez que ela dormiria fora de casa.
Ela estava eufórica, confiante, mil planos, mochila pronta, e sua sempre presente determinação e auto-confiança. Sim, minha filha é um poço de determinação.
Pedi que ela me ligasse para falar a glicemia, e eu monitorar por telefone.
Falou que só ligaria uma vez, que ela resolveria sozinha a quantidade de insulina na hora de comer. Só ligaria antes de dormir. UFA! Já era alguma coisa. Melhor que "não vou ligar".
Ok, chegou da escola tomou um banho e fez um lanchinho. Glicemia 114. Comeu uma porção de batatinha assada e uma saladinha básica. Boa saladeira que é, sabia que lá não teria seu prato preferido: salada de alface americana com tomate e molho de mostarda.
Beleza. Deu tchau e se foi.
Eu, fiquei com o coração na mão. Mas também, fiquei confiante!!
Queríamos muito que ela tivesse essa experiêncioa de sair um pouco de baixo da asa do pai e da mãe.
Os filhos precisam. Sufocamos demais!!
Bem, lá pela meia noite ela ligou: glicemia 280. Falamos para não fazer insulina. Como estava fora de casa é bom dormir assim, mais alta.
No outro dia às 10 horas fomos buscá-la.
Estava feliz, tinha se divertido muito.
Contou que depois de comer, mais um tempinho de brincadeiras, foi ao banheiro, mediu a glicemia e deu 370 e tantos. Ela calculou, do jeito dela, e fez 7 unidasdes de insulina (lhe explicamos que cada UI baixa mais ou menos 50 da glicemia). Fez para corrigir, e um pouco a mais, pois pensou em comer umas guloseimas mais.
Foram dormir lá pelas 3h da madrugada. Disse que teve uma hipo, mais tarde, quando estava querendo dormir. Não mediu nada, mas o corpo avisou. Tinha levado um Nescauzinho Light (21g de CHO), providencial.
Os pais de sua amiga sabem que ela tem diabetes, e estavam dispostos a ajudá-la. Mas, a Catarina prefere assim. Temos que respeitar, confiar e encorajar.
Acredito que ela é capaz de se cuidar.
Isso é o mais importante: ACREDITAR.
P.S.: a moça da Roche ainda não veio, pois a bomba dela está em manutenção. Assim que ela agendar avisaremos.
Boa semana,
Simone,
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