terça-feira, 30 de outubro de 2012

Sobre avós e o diabetes


Há três dias minha avó materna faleceu. 
Uma jovem senhora de 92 anos, lúcida e independente.
E nesses três dias fiquei lembrando de alguns momentos que vivi com ela.
Morei na sua casa até os 4 anos. Dormi inúmeras vezes no seu colo.
Passei algumas férias ao seu lado.
Aprendi com sua elegância a gostar de sapatos, colares, pulseiras (minha avó sempre estava enfeitada, seja com um desses adereços). Salto alto usou até alguns anos atrás.
 E se hoje me chamam a atenção as flores, as árvores, a poesia, e uma boa conversa na hora da refeição, é porque aprendi com ela.
Mas não é só a respeito da minha avó que vou falar hoje.
Com a sua partida comecei a refletir sobre os avós e o diabetes.
De como também é dolorido para os avós esse enfrentamento. 
E que nós pais, às vezes (isso quer dizer sempre), cobramos maior participação deles, mas também não conseguimos enxergar que para eles é difícil.
A relação de avós é difirente da de pais. Portanto cuidar do diabetes também é diferente para eles.
Na maioria dos casos, os avós não vão às consultas, não administram diariamente o tratamento,não assimilam todos os pormenores que nós pais, diretamente envolvidos no tratamento de nossos filhos, administramos.
Acho importante a gente escutar, descobrir o que, ou no que, os avós podem auxiliar.
Ver as limitações que eles tem, e aceitar que nem sempre vão acertar. 
Mas que podem, se quiserem, aprender mais.
Para que além de doce, como culturalmente falamos, a relação com os avós fique muito SAUDÁVEL!!!!!!
Grande beijo, Simone.

3 comentários:

  1. Simone, meus sentimentos para vc.... realmente essa relação de diabetes com avós e meio complicada...vejo pela minha vó, bisa da Giovana...nossa tento explicar, tenho a maior paciencia com ela, mas ela não aceita... chora quando me vê aplicando insulina na Giovana, é bem complicado... mas de todas as formas tento conscientizar ela a se cuidar... bjs pra vcs.

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    1. Obrigada pelo carinho Du. É bem assim, as bisas também sofrem. É importante mostrarmos que esse tratamento é o melhor e que a criança está bem e com saúde, graças às aplicações de insulina. Beijão pra vocês!!

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  2. Oi Simone!que vc possa se sentir confortada por Deus...afinal, não somos preparados para romper esses laços, mesmo sendo a única certeza nessa vida!Muito interessante isso que vc colocou sobre avós.....minha sogra se recusa, terminantemente, a aprender a fazer dextro ou aplicar insulina na minha filha Marília, de 4 anos, diagnosticada em Janeiro desse ano.Às vezes, fico um pouco chateada por isso, mas esse seu pnto de vista, me fez refletir melhor sobre isso.....qdo a Marília fica com ela, dá os lanches na hora certa...só o que peço que dê...mas se precisar medir glicemia ela nem leva.....é amor demais, né?apesar de ver que ela nem chora pra nada disso, ela acha que vai fazê-la sofrer....é tarefa somente minha e de meu marido mesmo!
    bjos

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