terça-feira, 11 de setembro de 2012

Sempre vale a pena falar!

Adotamos essa postura desde o início. Quando surge a oportunidade de falar sobre o diabetes a gente sempre se manifesta. Não do tipo sair fazendo palestra, mas daquele modo despreocupado, assim: "ah, seu tio tem diabetes? Minha filha tem também, a do tipo 1....blá, blá, blá. Algo sem muito pensar, naturalmente. Surgiu a oportunidade, comunica, troca informação. Claro, se a pessoa for receptiva. Nem todos são.

Estava eu voltando do supermercado agora a tarde, a pé, e resolvi parar numa banca de revistas para comprar umas revistinhas de pintar para o Miguel. Distração para crianças de dois anos nunca é demais. E lembrei de perguntar se a última revista Sabor e Vida Diabéticos já tinha chegado. O dono da banca me disse que não. Ok, paguei as outras revistas, e quando já ia embora ele pergunta: " A senhora compra pelas receitas?" Disse: "Não. Minha filha é diabética." E ele de novo: "Tipo 1?". Falei: "Sim." Ao que ele responde: "A minha também é".

Assim, sem programar, sem esperar, encontrei um pai, como eu, com uma filha diabética tipo 1.
Acho que conversamos por uma meia hora, ou mais. Claro, ele estava trabalhando, tinha que atender os clientes. Mas foi tão bom encontrá-lo, mesmo assim, informalmente, numa conversa rápida, mas profunda. Profunda? Ora, pela simples razão de falarmos abertamente sobre nossos dilemas diários.

Por fim, descobrimos que somos vizinhos, moramos na mesma rua.
É, realmente temos mais coisas em comum do que imaginávamos.

Abraço, Simone.

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